Ego bebia no balcão. Ao seu lado estava seu colega
de trabalho conhecido como “Idi”, um sujeito magro que estava dormindo com uma pasta
de projetos na mão. Coragem e Medo jogavam sinuca. Quem tomava conta de Coragem
era Trauma, que quando entrava pela porta do bar mandava Coragem se retirar, e
ela obedecia. Enquanto isso, Ego, o cafetão, conversava com a balconista
chamada Ganância, que respondia enquanto contava o dinheiro, mas sem esquecer de
dar uma boa atenção ao Ego, que por sua vez não tirava os olhos da moça que
desfilava pelo salão, conhecida como Vaidade.
No banheiro quem vomitava era Vergonha, que veio de longe,
há muito tempo, dizia que vinha do exterior.
O bar era um pouco bagunçado e sem muito espaço. Nas paredes
ficavam pendurados alguns retratos, boas lembranças, enquanto as más memórias
eram lembradas pelos mofos, marcas nas paredes, manchas de sangue, etc. que
ficavam espalhadas em alguns cantos do bar – principalmente próximo ao lugar
onde Ego costumava sentar.
Criatividade bebia quieta, em um canto escuro, certa
dose de Dopamina – bebida que dividia espaço no cardápio com Estrogênio, doses
de Adrenalina, Endorfina, também Testosterona, entre outras. Ao lado da
Vaidade, que ainda era controlada pelos olhos do Ego, servia-se Libido, que se
via dividido entre Ganância e Vaidade, preferia ter as duas, embora por Vaidade
ele pagasse. Metade do valor à ela, metade ao Ego.
Na outra mesa de sinuca, Amor e Paixão eram atraentes gêmeas bivitelinas, totalmente diferentes uma da outra. Faziam uma partida contra os gêmeos, Pena e Compaixão, que eram univitelinos.
Na outra mesa de sinuca, Amor e Paixão eram atraentes gêmeas bivitelinas, totalmente diferentes uma da outra. Faziam uma partida contra os gêmeos, Pena e Compaixão, que eram univitelinos.
Pouco depois das 4 horas, chegava o momento em que o
proprietário do bar, que controlava tudo com a ajuda de Honra, que embora falhasse,
abria as portas para tirar o ar cansado e abafado do ambiente, deixando com que
entrasse a neblina da rua.
Era o momento em que Ego adormecia no balcão e
Vaidade e Ganância o levavam para fora.
Criatividade começava a se divertir, embriagada fazia piadas e dava sua visão sobre
a vida de cada um daqueles que frequentavam aquele lugar, dizia entender “Idi”, e os dois conversavam sobre a neblina.
4 comentários:
Tu escreves muito bem, Rubem! Bom saber que tenho um colega de ótimo nível! =)
Au revoir!
Genial!
bom te ler, rubem :)
Mto bom!
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